quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Considerações finais do piloto


Terminamos nossa maravilhosa viagem aventura, sem acidentes ou incidente!

Foram quase 6.000 km rodados, nos mais diversos climas, situações, estradas, regiões e etc., fazendo dezenas de novos amigos, conhecendo inúmeros lugares novos e cruzando fronteiras.

Nos divertimos a valer!!!!!!!!

 Para o piloto, fazer uma viagem de moto tão longa, e por trajetos totalmente desconhecidos, é uma experiência impar, cujas sensações, por mais que se tente, são impossíveis e descrever com fidelidade. Recomendo a todos! E  por mais que o bom senso, a família e amigos possam desaconselhar, ela deveria ser realizada uma vez na vida, pelo menos...

Fora isso, e, também para quem pilota, é uma eficiente higiene mental, pois quando se pilota por terras estranhas, por caminhos desconhecidos, não dá para ficar pensando na vida, mas, tão somente, ficar atento à pilotagem, estrada, moto, placas, sinalizaçao, GPS, paisagem, ocorrências em volta, e, assim, a cabeça descansa, e muito.
Por falar em GPS, recomendo seu uso neste tipo de viagem, pois, é obvio, além de indicar o caminho a seguir, ele funciona como um dispositivo de segurança, mostrando as curvas que virão pela frente, sua distância, se elas são fechadas ou abertas, e, isso, faz toda diferença em matéria de segurança, notadamente em trechos de serra e nas lombadas.  Fora isso, “cuidar” do GPS também ajuda a manter a mente ocupada, e longe de pensamentos em problemas, e, segundo a Analice, também distrai a garupete.
Além disso, o GPS Zumo 350ML da Garmin – que usei – vai indicando o tempo e a distância ainda a serem percorridos e indica radares, “quebra-molas”, pedágios, velocidade permitida nas estradas, postos de combustível, postos da polícia rodoviária, hotéis, restaurantes, locais turísticos e outros pontos de interesse – POIS - nas proximidades, o que contribui para o sucesso da aventura.
Mantidas as críticas aos mapas dos outros países da América do Sul, feitas em postagens anteriores, este GPS, especial para motos – a prova d’água e poeira – é excelente, embora um tanto carinho.... Ah! Ele tem a tela bem sensível, e pode ser manuseado com luvas de pilotagem, normalmente.
Quanto a Versys 1.000, posso concluir que é uma moto fantástica, uma escolha acertada para este tipo de viagem.
Começo pelo conforto: cheguei a pilotar por mais de 1.000 Km em um único dia, e, acreditem, adorei. Depois de terminar esta aventura de quase 6.000 Km, digo que estou inteiro, e só não saí com ela para resolver uns problemas no dia seguinte à chegada pois estava chovendo, e eu estava preguiçoso...
É evidente que há necessidade de fazer paradas regulares – até de carro fazemos isso -, e, obedecida esta regra, o conforto é indiscutível.
A posição de pilotagem é perfeita, ereta, posição esta que foi melhorada, ainda mais, com a instalação do raise, que elevou e aproximou um pouco o guidão, guidão bem aberto, que contribui para a pilotagem confortável e relaxada, sem prejudicar a pilotagem urbana.
O assento alto, largo e macio, com muita espuma – mais ainda para a garupa –, também contribuíram para elevar o já o extremo conforto e o prazer de viajar.
O motor de 4 cilindros em linha não causa vibrações, principalmente no guidão, e, assim, fica muito confortável encarar uma longa viagem, como esta que fizemos.
A estabilidade é um dos pontos altos. Moto equilibrada, estável, fácil de pilotar, e leve “na mão” a despeito de seus quase 400 Kg totais, considerando tudo que nela foi embarcado. Excelente ciclística.
Embora eu tenha endurecido a suspensão, para melhorar a estabilidade, principalmente em altas velocidades, isso não diminuiu em nada o conforto durante o passeio. A maciez do banco compensa.
A autonomia é suficiente para viagens deste tipo, bem assim, conforme já comentei em postagens anteriores, o computador de bordo ajuda a administrar esta autonomia, e evitar surpresas desagradáveis... Nesta viagem, especificamente, seu consumo médio foi de 17 km/l com gasolina argentina e brasileira e 15 Km/l com a péssima nafta uruguaia. O tanque tem 21 litros no total, sendo 1.5l para a reserva.
A potência e o torque também são pontos autos da Versys 1000, principalmente em ultrapassagens, arrancadas e retomadas de velocidade, características que quando somadas ao câmbio, que permite trocas rápidas e precisas, principalmente nas reduções para tomadas de curvas, a fazem um avião.
Incomoda um pouco a transmissão por corrente, que obriga a realizar uma lubrificação constante – a cada 300 ou 400 Km -, tarefa que com um cardan não precisaria ser realizada. Gastei um tubo de Motul, nesta aventura. Como minha moto não tem cavalete central, eu ia movimentando a moto, vagarosamente, e a Analice vinha, logo atrás,“spreiando”  o óleo na corrente... hahha Conselho: não viaje sem este produto, nem sem sua namorada kkkk
O controle de tração e os freios ABS, originais de fábrica, além de contribuírem para a segurança e a estabilidade, ainda aumentam a vida útil dos pneus – Pirelli, Scorpion Trail de 17’’ – haja vista que a moto está com mais de 13.000 Km e ainda daria para rodar mais um pouco com seus pneus originais, não fosse o fato deles terem ficado "quadrados" em razão de tantas estradas sem curvas que percorremos pelo Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina. Uma informação: se, em viagens pela AL precisar, borracharia, em espanhol, é gomeria.
Por falar em freios ABS, os da Versys 1000 são poderosos e extremamente rápidos e eficientes, dando uma real sensação de confiança. Fiquei satisfeito quando necessitei usá-los em situações críticas.
Por fim, um último ponto forte da Versys 1000 é a beleza!
Em todos locais que passei recebi elogios de apreciadores de motos.


Muitos olhares de admiração e muitas perguntas.

Como diz a Analice, dei muitas entrevistas, e, por evidente, somente tive coisas boas para falar desta moto!

E, para não dizerem que só falei de flores, o único defeito que ela apresentou foi um mau contato dos interruptores de pisca e buzina, que não deixaram de funcionar, mas falharam algumas vezes, no trecho final da viagem. Resolvo isso, com facilidade, na revisão.
Bem, a viagem terminou, e este é minha última postagem.
Espero que tenham gostado de nos acompanhar, e, principalmente, desejo que este nosso blog possa ajudar pessoas inexperientes, como nós, a se motivarem para realizarem uma fantástica viagem/aventura como esta, aproveitando as dicas de viagem da Analice e minhas singelas dicas de condução e preparo.
Obrigado a todos que nos acompanharam pelo blog, pelo face, por SMS, telefone e em pensamentos!!!!!
Obrigado à minha filha Carolina pelo incentivo e cuidados, ao Fred e ao Gui por me permitirem roubar sua mãe por tantos dias, à Gal que cuidou deles, aos amigos pela torcida e pelas dicas, ao Dr. Moisés que cuidou do escritório e dos cliente na minha ausência, e, ainda, à Analice por confiar em mim, aceitando partilhar este delicioso desafio, que já deixou saudades.

11 comentários:

  1. Gde casal !!!!
    Parabéns e já sabem quando passarem por Curitiba parada obrigatoria em nossa casa para atualizarmos noticias das estradas será um gde prazer recebe-los e quem sabe rodaremos juntos por aí... Se cuidem dêem notícias ..
    Gde abraço

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    1. Eduardo e Dalma.
      Valeu mesmo.Obrigadopelo convite, e, digo o mesmo. Quando vierema Sampa, avisem
      Fernando

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    2. Analice e Fernando,
      Curti a viagem de voces com uma pontinha de inveja..... vou tentar convencer a "minha Ana Paula" a fazer algo parecido. Tomara que ela tope!
      Abraços aos dois.
      Peter Hobson

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    3. Peter, foi uma viagem muito boa e a garupa não sofre não...rs

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  2. Fernando, realmente foi uma viagem deliciosa!!!!!!!!!!!!!!! Adorei..........Bjks

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  3. Foi muito bom poder acompanha-los ..... foi como se viajássemos um pouquinho tb ! Muito bom ! PARABENS aos dois pela decisao ! Show

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    1. Vale a pena fazer uma viagem como esta, nem que seja somente uma vez...

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  4. Benza Deus! Que seja a primeira de muitas outras!!!

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    1. Obrigada Ana!!!!!!!!!!Somos malucos equilibrados...kkkkkkkkkk

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  5. Olá Fernando e Analice !
    Adorei a leitura da viagem aventura de vocês.
    Pratico mototerapia, mas a minha esposa vai na garupa até no máximo 2 mil km. Se for mais do que isto, tenho que ir de carro. Foi o que fizemos em 2012, um roteiro semelhante ao de vocês, mas de carro.
    Um abraço fraterno e obrigado !
    Urbano

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    1. Urbano. Antes 2.000 km que nada, pois tem muita esposa que se nega a subir na moto rsrsrs. Não sei qual sua moto, mas a Versys 1000 é super confortável, e, com certeza, uma moto mais confortável ajudaria muito aumentar esta quilometragem que ela suporta. Não sei.... Mas, de toda sorte, obrigado pelo contato. Fico feliz de ter publicado algo que tenha gostado. Nos vemos pelas estradas... Grande abraço!!!!

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